Como uma simplória sectária da opinião pública e de conhecimentos baseados no senso comum sobre o assunto que modestamente divagarei, ou seja, totalmente leiga em qualquer teoria ou seguimentos de cunho jurídico. Tomo a liberdade e a coragem de proferir algumas palavras em defesa dos Dominadores casados. E já que estou seguindo esse raciocínio também advogarei em consideração àqueles Doms que, seja em reuniões do meio, ou discussões mais acirradas sobre o BDSM, preferem ouvir e falar menos.
Com absoluta certeza, tal comportamento, incluindo jeito de ser, de falar e de atitudes educadas, nada têm a ver com a escolha do papel assumido e praticado nesse nosso Universo de fantasia e desejos...affff...bem menos meu povo...bem menos. Lastimável ouvir certos absurdos...(desculpem o desabafo, mas me incomodo com tais julgamentos desnecessários e vazios.)
Nesses meus singelos, quase 09 anos de vivências e observações nesse Meio, pude perceber que a condição dos Dominadores casados é de alguma maneira motivo para duras críticas negativas. Não compartilho dessa opinião, visto que, é impossível vivenciarmos nossas fantasias 24h por dia.
Somos adultos e muitos de nós temos um senso de cultura e conhecimento bastante apurados para discernirmos vida real de um mundo de faz de conta. Eu mesma, posso dizer que assumo as duas condições de submissa e Dominante em meu trabalho e, em alguns momentos, em casa também. Diferente daqui, que tenho meu papel muito bem definido. E acredito que, principalmente, os Doms casados também compartilham dessa mesma situação.
Além de que, alguns fatores cotidianos nos levam a a ponderar nossas ações ao seguirmos certas convenções como, a vivência em sociedade, a qual abomina e condena quase em sua totalidade a atuação aberta de qualquer ação, diríamos, mais voltada para a sexualidade. Dirá gostos sexuais meio “diferentes”. Somados ao fato da convivência diária em família, vizinhos e parentes. E o mais importante, para defender o pão tão nosso de cada dia e sustentar nosso delicioso, mas caríssimo “vício” , somos forçados a exercer algum tipo de trabalho.
Gostaria de tomar como exemplo a rotina de um Dominador bem severo e sádico hard, este pode ser casado, solteirão convicto, separado á procura ou os tico-ticos no fubá.
O nobre trabalha pela regulamentação da CLT, sem dúvidas cumprirá ou receberá ordens de um superior. Eita ternura lá vem você deixar nosso honrado Dom numa situação delicada, você está pondo a prova seu poder Dominante?!? Uia...uia...
Temos ainda um Dom muito severo , litúrgico e sádico, porém este é autônomo e tem uma farta carteira de clientes super exigentes, putzzzzzz é preciso cativar, ter obrigações e pontualidade na entrega de projetos e afins, opaaaaaaaa mais uma vez nosso Dom bambambam foi cercado por normas e regras... e terá que se curvar á elas...
E na área da Educação então, affffff...aqui o super-severo Dom, tem quase que se curvar perante a coordenadora e/ou a diretora super , mega, ultra exigente com normas e regras de conduta, sem contar a secretária toda cheia de si lembrando-o a cada intervalo de aula do prazo para a entrega da papelada sem rasuras, por favor...hehehe (impossível não trazer a questão para a velha rotina...rss)
E, mesmo que nosso super Dom, tiver o privilégio de ter nascido em berço esplêndido repleto de ouro... inshalááá... terá também obrigações e deveres para com os países aliados, com seus subalternos e companhia, uma vez mais, se curvará para seus nobres compromissos.
Eita !!! Parece que não tem jeito, em algum lugar ele terá que extravasar sua essência Dominante, visto que, há muitas convenções rotineiras a cumprir, trabalho exaustivo, filhos exigindo a presença e atenção constante e indispensável, a desavisada mulher não entender que severidade e carinho andam juntos, que se submeter, se ajoelhar e uma sessão de spanking são ações altamente prazerosas, para A/ambos...ai meus sais...
Acredito que esteja mais que na hora de entendermos e separarmos o joio do trigo no quesito vida baunilha e vida no BDSM, ou seja, vivemos sim, duas vidas e dois mundos distintos e, pelo amor e pelas graças, que bom termos um bate local e um bate cenário para isto.
Sendo assim, depressinha me ofereci, consensualmente, para ser a cobaia viva para tal ocupação, pois, desse modo, posso deliciosamente praticar e vivenciar minha essência submissa, sem cobranças e de quebra agradar sedutoramente um nobre Homem casado com essência Spanker-Dominante...*písc
Obs: Venho repostando alguns assuntos importantes e interessantes, como é o caso desse post.